Do Uol Esportes
A Fifa voltou a criticar a morosidade do Brasil nos preparativos para a Copa do Mundo de 2014. Através do secretário geral Jérôme Valcke, a entidade deixou claro seu descontentamento com o ritmo do país para estruturar o evento.
Em pronunciamento no Fórum Mundial de Futebol em Moscou, Valcke lamentou e disse que o Brasil parece ter dado mais valor a ser escolhido sede do que em organizar a competição.
“Não temos estádios, não temos aeroportos e parece cada vez mais provável que algumas instalações como o Maracanã só fiquem prontas algumas semanas antes do evento”, reclamou.
As declarações surgem em meio ao esforço brasileiro em sair da aparente apatia nos preparativos. Nos últimos dias o Mineirão foi paralisado por uma greve dos funcionários, que cobravam melhores condições de trabalho. O Beira-Rio diminuiu a velocidade de suas obras por falta da assinatura de contrato com a construtora Andrade Gutiérrez, enquanto o Corinthians pena para conseguir incentivos fiscais da prefeitura de São Paulo para tocar o Itaquerão.
"Para o Brasil, o mais importante não é organizar, mas sim vencer a Copa de 2014", arrematou o dirigente.
Valcke pediu para a Rússia, que sediará o Mundial em 2018, tenha os 12 estádios prontos com dois anos de antecedência para que possam ser realizados eventos-teste. O país europeu irá investir U$ 10 bilhões apenas na construção de estádios.
Essa é a primeira aparição pública do dirigente desde a eclosão dos escândalos na Fifa. Valcke ficou com o cargo ameaçado após o vazamento de um e-mail onde ele disse que o Qatar havia comprado a Copa de 2022.
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