Por Adriano Siebra
Considero que sejam três os aspectos principais de observação de um árbitro na condução de uma partida: o técnico, o físico e o disciplinar. Para que a sua atuação seja classificada, então, como ruim, insuficiente, satisfatória, boa, ótima ou excelente, como descrito no formulário de avaliação da CBF, é necessário analisar o conjunto, como ele se comportou no tocante aos aspectos acima mencionados.
Não adianta ter excelente preparo físico e ser um fracasso na parte técnica, ou ser muito bom tecnicamente e fraco na parte disciplinar, entre outros. É desejável que o árbitro tenha bom desempenho sob todos os itens avaliados. E quando se detém o escudo da FIFA, a cobrança é muito maior, pois dele se deve esperar muito mais do que se acostuma ver em termos de arbitragem.
Sandro Meira Ricci teve uma atuação muito ruim em termos disciplinares. No primeiro tempo, tentou fazer política. Não advertiu Rivaldo quando necessário, sobretudo, no lance que resultou na contusão de Souza. Porém, atletas do Náutico também passaram sem advertência quando foram merecedores.
No total foram aplicados seis cartões amarelos, mas poderiam ter sido em menor quantidade e mais justos, caso tivessem sido aplicados no momento certo, principalmente, na primeira etapa da partida. Para lances idênticos foram tomadas decisões e punições diferentes.
Como não tivemos nenhum lance polêmico, de “penalty”, impedimento ou outro qualquer que tivesse influenciado diretamente no resultado da partida, a arbitragem passou despercebida para a maior parte da imprensa, sendo até elogiada, o que achei demais para o desempenho apresentado.
Fiquei imaginando se a arbitragem tivesse sido de um árbitro local. Hoje não poderia sair às ruas tal a importância que teria sido dada às omissões do árbitro no jogo. Podem ter certeza que já tivemos arbitragens muito melhores este ano aqui do que a apresentada pelo árbitro FIFA, de quem, repito, deve-se esperar muito mais.
É esperar que a “bolinha” do Sandro Meira Ricci continue pesada nos sorteios realizados na Federação para que ele possa nos brindar com uma arbitragem de melhor nível, à altura do que sabemos que ele é capaz de apresentar.
Uma última consideração é sobre o gol anulado do Santa sobre o Araripina. Viu-se que a bola não saiu completamente. Ainda bem que este erro não influenciou no resultado. Mas, pela dificuldade do lance, o árbitro assistente está totalmente absolvido.
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