Mais uma vez, nesta temporada, o Sport corre contra o tempo para contratar um treinador. Demitiu Vágner Mancini após a derrota para o Figueirense, em plena Ilha do Retiro. Uma demissão esperada, diante da sequência de sete jogos sem vitórias. Além disso, o time não apresentou padrão de jogo. Mancini dançou porque é cultura do futebol culpar o treinador pelo mau desempenho da equipe em campo. O treinador cometeu muitos erros. Escalou errado. Modificou errado durante os jogos. Mas tudo isso fruto de uma agonia gerada pela falta de organização que vem atrapalhando o Sport.
Sabemos que é não é fácil contratar bons jogadores por falta de opções no mercado e, principalmente, pela concorrência desleal. Afinal, o mercado do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul tem mais a oferecer para os atletas. E os atletas sempre colocam algumas barreiras ($) para não vir. Mas todo mundo já sabe disso, o que força a necessidade de se antecipar aos fatos. O Sport montou um time para o Pernambucano e demorou demais para contratar para o Brasileiro. E quando assim fez, contratou jogadores que fugiu do perfil que se pretendia implantar.
As contratações do lateral Cicinho foi um exemplo. O jogador foi oferecido, mesmo estando há um bom tempo sem jogar e com um passado desregrado no extra-campo. O jogador chegou e prometeu dedicação. No entanto, Cicinho sequer foi relacionado para os jogos. Nesta segunda-feira, ouviu o diretor de futebol do clube, Guilherme Beltrão, dizer que "tem jogador querendo jogar só com o nome". A resposta foi dada na mesma hora e pode ser conferida no vídeo abaixo. "Se foi comigo, vou procurar melhorar o meu rendimento. Isso se eu jogar.”, afirmou.
Vágner Mancini não cometeu erros de forma proposital. Tentou acertar. Mas mexeu demais na equipe. Muitas vezes, mostrou desespero. Mexia só para ver se dava certo. Sem ter tanta convicção. A cada rodada o time mostrava não ter identidade. E, como seu comandante, não tinha segurança em campo. Tanto quequando demonstrava certa solidez em campo, equilibrando o duelo, o time desabava emocionalmente no primeiro gol sofrido. Batia o desespero.
Sem dar um padrão de jogo ao Leão, Mancini foi demitido. Deixa o clube sem montar uma base do time. Com exceção de Magrão, nenhum outro atleta pode bater no peito e dizer que é titular do Sport. Isso é muito ruim para um clube que já planejou lutar por uma vaga na Taça Libertadores e que, hoje, está a um passo de entrar na zona de rebaixamento. O pior é que as opções de treinadores no mercado não são muitas.
O Sport quer um treinador durão, que tenha a postura de "puxar a orelha" dos atletas se for necessário. Procurou Adilson Batista e o treinador foi claro: não quer mais pegar "o bonde andando". Adilson quer iniciar um projeto. E ele tem seus motivos. Seus últimos trabalhos não foram lá essas coisas. Renato Gaúcho é o nome da vez. Não tem um nome aprovado por todos os dirigentes. Mas diante da necessidade do clube, não pode ser descartado no momento.
Outros nomes surgiram: Joel Santana, Waldemar Lemos, Falcão. Todos sugeridos, mas nenhum foi aprovado. Renato é mesmo o nome predileto.
O que se sabe mesmo é que o treinador a ser contratado terá uma árdua missão: arrumar a casa e evitar a degola.
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