sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Perto dos 80 jogos pelo Santa: Zé Teodoro quer ser lembrado como Muricy



Zé Teodoro brinca com a marca de 80 jogos sem esquecer do duro trabalho que tem à frente do Tricolor. Foto: Thiago Wagner/Blog do Torcedor
Quando o Santa Cruz entrar em campo para a partida contra o Fortaleza, pela sétima rodada do grupo A da Série C, o técnico Zé Teodoro chegará a uma marca especial pelo Tricolor. O treinador coral completará 80 jogos sob o comando do Mais Querido. No Recife há aproximadamente um ano e oito meses, Zé coleciona não só o bicampeonato estadual e o acesso para a Série C do Campeonato Brasileiro. Teodoro também possui lembranças de dificuldades e trabalho no Arruda.

"Quando cheguei aqui tive todas as dificuldades. Eram problemas financeiros, de pessoal e de estrutura. O Santa estava no ostracismo" relembra Zé Teodoro sobre o seu início no clube.

Seriedade é a marca do treinador coral no comando do Santa. Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

Contruir foi o principal verbo conjugado por Zé durante todo o trabalho, que não foi feito por uma única pessoa segundo afirmações do próprio treinador. O auxiliar Sandro é o principal parceiro de Teodoro nas conquistas. "Sandro foi fundamental para a minha vinda para cá. Eu acreditei nele e ele acreditou no presidente e na diretoria. Viemos para trabalhar e reeguer o Santa".

Nesses 79 jogos, as estatísticas favorecem Teodoro. São 45 vitórias, 16 empates e 18 derrotas. A estreia do técnico aconteceu no dia 13 de janeiro de 2011. A vitória foi coral por 3x0 diante do Vitória de Santo Antão, no Campeonato Pernambucano. A vitória era apenas o primeira sinal do que viria depois. "Não entro em um trabalho para não dar certo. Tivemos dificuldades, mas sempre acreditei no resultado".

Zé Teodoro não revela quais foram tais dificuldades, mas segundo ele muitos fatos ocorreram sem que a imprensa e a torcida soubessem. "Houve casos internos que somente nós sabemos. Foi tudo resolvido entre nós da comissão e da diretoria".
Apesar do sucesso no comando do Santa, Zé Teodoro quer mais. Ele sabe que treinador vive de resultados e que não tem vida longa sem vitórias. Por isso, Zé sempre cobra mais não só dos seus jogadores como da diretoria do clube. Não foram raras as vezes que o técnico emitiu sua opinião sobre a estrutura do clube. "Não sou treinador de treinar o time e ir embora. Me preocupo com tudo que envolve o futebol como a cozinha, o campo e a fisiologia".

O jeitão crítico e duro só cede espaço quando tem que ajudar algum jogador no extracampo. Zé não esconde que também é um paizão dos seus jogadores. "Eu cobro e dou bronca, mas também trabalho o psicológico".

Tanto empenho no trabalho tem um motivo. Zé quer deixar a sua marca no Santa Cruz não só pelos títulos mas pelo seu legado. "Me preocupo em deixar o meu trabalho aqui. Sei que não vou ficar para sempre. Quero um dia voltar para cá e ser comemorado como é o Muricy no Náutico", comparou.

Treinador coleciona títulos e um acesso no Arruda. Foto: Guga Matos/JC Imagem

Quando o assunto é o futuro, o comandante é bastante pragmático e não alimenta ilusões. "Meu contrato é até o fim de novembro. Depois disso vamos ver. Lógico que o treinador quer ficar, mas depende dos resultados. Bom que nem eu e nem o Sandro dependemos de emprego".

A permanência de Zé interfere não somente no lado profissional. Sozinho no Recife desde o início do seu vínculo com o Santa, Teodoro só planeja trazer a esposa para a cidade caso suba com o Tricolor para a Série B. "Meu desejo é trazer minha mulher para morar em Recife, mas só vou analisar isso depois do fim do ano, quando saberei se fico ou não".

Dentro dessas incertezas sobre a vida profissional e pessoal de Zé, há apenas algo concreto: a promessa de muito trabalho e empenho no Santa. "Gosto muito dessa torcida e vou fazer de tudo para resgatar o respeito do clube".
Fonte:blogdotorcedor

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