sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Os estrambelhados da arbitragem nacional


POR JOSÉ JOAQUIM…
Os problemas com as arbitragens nos jogos dos eventos promovidos pela CBF terão que ser creditados em boa parte a sua Comissão Nacional, que procede de maneira destrambelhada, e com um agravante, não tem uma medida para verificar as consequências de seus atos.
O jornalista Claudemir Gomes, colunista do jornal Folha de Pernambuco, nos telefonou externando a sua preocupação no tocante à escala do árbitro para o jogo envolvendo Sport x São Paulo.
Visitamos o site da CBF e lá estava a escala para essa partida, com o nome de Jailson Freitas como árbitro central do evento. Procuramos saber se tinha acontecido alguma mudança e nada constatamos.
A própria diretoria do Sport pouco reclamou contra o fato, muito embora pudesse ingressar no STJD com um pedido de liminar contra o sorteio de um árbitro da Bahia para atuar em um jogo do clube que está lutando contra o rebaixamento justamente contra um time baiano. O Ceará assim o fez no seu jogo contra o São Caetano e foi atendido.
Na realidade, trata-se de um fato inusitado e que representa muito bem o que acontece nos bastidores do futebol brasileiro. A arbitragem vem sendo muito contestada, mas os ¨gênios¨ que as dirigem ainda jogam gasolina no fogo quando fazem escalas equivocadas ou com má intenções.
Jailson Freitas é um bom árbitro, mas pertence a Federação Bahiana de Futebol que tem um filiado na luta contra o rebaixamento, no caso do Bahia. Como o Sport encontra-se na mesma situação, jamais seria viável que esse fosse colocado no sorteio para tal jogo.
O mediador se tornará em um malabarista do arame que é visto em nossos circos, desde que, se errar contra o São Paulo, será incluído no apito amigo e com a participação do sujeito oculto, e se for contra o rubro-negro de Pernambuco, também será execrado por ter ajudado o Bahia.
Tudo poderia ser evitado se houvesse o bom senso no comando da arbitragem nacional, mas como isso não existe, vamos ter mais um grande problema antecipado em um jogo de futebol.
Esses gênios esqueceram o que aconteceu com o pernambucano Nielson Nogueira Dias, escalado para Fluminense x Ponte Preta, e deu no que deu, sendo execrado no final pela diretoria da equipe campineira, acusando-o de ter ajudado o Sport.
Outro fato que mostra a falta de orientação desses dirigentes foi o da escala do árbitro goiano André de Freitas Castro para dois jogos em menos de 24 horas. Apitou na última quarta-feira Figueirense x Botafogo, em Florianópolis, e no dia de ontem, no Rio de Janeiro, Fluminense x Coritiba.
As alegações de Aristeu Tavares realmente são dignas de uma coluna de humor, pois afirmou que tal repetição se devia ao fato de não poderem escalar árbitros de São Paulo, Minas e Rio Grande do Sul, porque envolve times desses estados na luta pelo título e contra o rebaixamento.
Tavares esqueceu de Sport e Bahia, que também travam uma luta contra a degola. Por conta de tais fatos, como poderemos acreditar na arbitragem brasileira, com um comando tão destrambelhado?
O silêncio dos inocentes para tais fatos é muito perigoso.
BLOG DE JJ

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