Fim da linha. Santa Cruz perde para o Sobral e está eliminado da Série D

O Santa Cruz só precisava do empate para seguir vivo no Brasileiro da Série D. Mas deixou Sobral com uma derrota por 2 x 0 para o Guarany/CE, que significou o fim do principal objetivo coral no ano. O time jogou mal, não ameaçou o adversário em nenhum momento e foi presa fácil para um adversário sem tanta qualidade. Eliminado da competição, muitas mudanças devem se seguir daqui para frente. Os jogadores do Santa Cruz começaram cumprindo bem o esquema tático armado pelo técnico Givanildo Oliveira, o 3-6-1. Joelson, posicionado sozinho na frente, fazia bem o papel de pivô, enquanto Jackson e Élvis abriram pelos lados, atuando junto aos laterais Osmar e Allyson, para dar opção de ataque. Todo o planejamento veio abaixo, no entanto, quando, aos 18 minutos, o Guarany cobrou falta rápida para Danilo Pittbul, que recebeu por trás da zaga e finalizou forte, sem defesa para Tutti. Logo na primeira chance, o time cearense fez o gol que precisava para sair classificado. Com a vantagem, os donos da casa passaram a jogar nos erros do desestabilizado Santa Cruz, que não eram poucos. O Tricolor até tinha posse de bola, mas faltava organização. Os meias se esconderam e os laterais também foram mal. Osmar não acertava nenhuma jogada, enquanto Allyson, sempre mal posicionado, não aparecia para o jogo. O resultado dessa combinação foi a falta de um lance sequer de perigo por parte do Santa Cruz, fato inadmissível para uma equipe que depende de um gol para salvar o ano. Givanildo precisava tomar uma atitude no intervalo e foi o que aconteceu. Mexeu logo duas vezes. Primeiro, alterou o esquema, tirando Sidraílson para colocar o atacante Alexandro. Depois, na peça que não estava rendendo, trocando Jackson por Victor Hugo. Logo que a bola rolou, porém, foi o Guarany quem ameaçou. Danilo Pittbul, duas vezes, poderia ter matado a partida, mas não fez. As alterações e a necessidade do gol fez o Santa Cruz ir para cima do Guarany, que não se intimidou, não abdicando do ataque mesmo com a vantagem. O jogo ficou aberto de uma maneira que qualquer uma das equipes tinha chances de marcar. Danilo Pittbul, o homem mais perigoso do time cearense, acertou a trave. No rebote, Tutti salvou chute de Carlos. No lance seguinte, Allyson bateu cruzado e a bola passou perto após desviar na zaga. A cada minuto que passava o desespero do Santa Cruz visivelmente aumentava. E com isso os erros e a desorganização tática, que só faziam o Guarany aumentar a pressão. Um gol bastava ao Tricolor, mas o time nunca esteve perto disso. Não ameaçou o goleiro Vantuir uma vez sequer. Já Tutti teve muito o que fazer. Ele salvou enquanto pôde. Mas, aos 33 minutos, não teve o que fazer. Léo Olinda, que já tinha descido várias vezes livre pela esquerda, arriscou de fora da área e marcou um golaço. O sonho tricolor ruiu. Transformou-se num pesadelo. Mas queria o torcedor coral que tudo não passasse de um sonho ruim. Era a realidade. Nua e crua, que ganhou requintes de crueldade quando Tutti fez falta em Léo Olinda fora da área e foi expulso. O Santa Cruz já tinha realizado as três substituições. Élvis foi para o gol. E agora a torcida era para que o jogo chegasse logo ao fim. Djalma Beltrame apitou e aplacou a dor em campo. Pelo menos essa. Porque a dor dos seguidos rebaixamentos, dos insucessos em voltar a ser o que o clube já foi um dia, essa está longe de acabar. Guarany Vantuir; Tiago (Jean), Tobias, Junior Alves e Zada; Carlos, Rogério, Alberto e Bismarck (Jonys); Danilo Pitbull (Léo Olinda) e Wanderley. Técnico: Oliveira Canindé Santa Cruz Tutti; Leandro Cardoso, Sidraílson (Alexandro) e Menezes; Osmar, Goiano, Dedé (Paulinho Pedalada), Jackson (Victor Hugo), Élvis e Allyson; Joelson. Técnico Givanildo Oliveira Local: estádio Plácido Aderaldo Castelo Junco (Sobral/CE). Árbitro: Djalma Beltrame. Assistentes: José da Silva Sobrinho (RN) e Vinícius de Melo. Gols: Danilo Pitbull (aos 18 minutos do 1o tempo) e Léo Olinda (aos 33 minutos do 2o tempo). Cartões amarelos: Carlos, Rogério, Júnior Alves (G), Sidraílson e Dedé (S). Cartão vermelho: Tutti (S). Público: 4.981. Renda: R$ 50.338. Fonte:Futpe