O Salgueiro recuperou-se da derrota para o Náutico e conseguiu uma boa vitória por 2x0 sobre o Goiás, neste sábado (18), no Ademir Cunha, em Paulista, pela sexta rodada da Série B. O resultado fez o time subir da 15ª para a 11ª colocação, agora com oito pontos. O Carcará não venceu por mais gols porque o goleiro Harlei teve um grande desempenho.
Bem que o Salgueiro tentou começar o jogo mais ousado como o técnico Neco pedira antes de a bola começar a rolar. Mas foi o Goiás quem adiantou a marcação e criou dificuldade para o time da casa. Porém, faltou técnica para transformar esse posicionamento em perigo para o time da casa.
Assim, o jogo ficou disputado, até com lances mais ríspidos, principalmente pelo lado pernambucano, mas sem que as jogadas fossem concluídas. As finalizações limitavam-se aos chutes de longa distância.
A mudança viria aos 19 minutos. Numa cobrança de escanteio da esquerda por parte do Goiás, Ernando completou para o gol. Porém, o árbitro Antônio Hora Filho marcou pênalti de Henrique em Rafael Tolói, já que a regra não prevê vantagem em caso de penalidade máxima. E essa regra foi madrasta do time goiano. Rafael Tolói foi para a cobrança e escorregou na hora do chute. A bola foi no canto direito, porém fraca. Marcelo defendeu.
Depois da defes no pênalti, o Salgueiro foi mais agressivo e criou pelo menos duas boas oportunidades. A primeira foi com Marcos Tamandaré numa cobrança de falta, aos 23. A segunda, com Josa, pela esquerda, aos 27. Em ambas, o goleiro Harlei trabalhou bem e fez as defesas.
A essa altura, o time sertanejo já recuperara o meio de campo perdido desde o apito inicial. O jogo já se desenrolava mais no campo defensivo do Goiás e a recompensa veio aos 38 minutos. Edmar entrou na área e foi derrubado por Zé Antônio na hora de marcar o gol. Antônio Hora Filho acertou em marcar o pênalti mas errou em não expulsar o jogador goiano, pois ele era o último homem da defesa e merecia o vermelho. Na hora da cobrança, Tamandaré não desperdiçou e mandou no canto.
No restante da etapa, o Salgueiro manteve o mesmo padrão e evitou que o adversário o encurralasse. Mesmo assim, numa saída errada de Marcelo, a bola sobrou limpa para Oziel mandar por cima, aos 44. Já o Carcará pecou na coordenação dos contra-ataques.
O Salgueiro voltou para o segundo tempo com a mesma proposta que terminou a etapa inicial, mas o Goiás já sabia o que fazer. O resultado é que a partida ficou mais bonita de se ver, com os dois times sempre em busca do ataque e com possibilidade de gol.
O que faltou foi pontaria para os atacantes dos dois times finalizarem com mais competência. O Salgueiro foi quem chegou mais perto. Porém, nas boas oportunidades, Mateus acertou o travessão logo aos nove minutos, quando tentou cruzar e o erro quase deu o segundo gol. O mesmo Mateus chutou em cima da zaga aos 21. Josa também não conseguiu cabecear direito no cruzamento de Tamandaré.
Nesse ínterim, o Goiás só chegou em condições de marcar uma vez. Aos 12, Oziel cruzou e Hugo, sozinho cabeceou para o chão. Marcelo fez grande defesa. Nos dez minutos finais, o Goiás ensaiou uma pressão. Realmente encurralou o Salgueiro mas sem conseguir entrar na área e criar grande dificuldade para Marcelo.
O time pernambucano teve chance de ampliar no contra-ataque mas se não fosse o individualismo de Fágner poderia ter melhor sorte. Aos 38, por exemplo, ele pegou rebote depois de uma bomba de alemão. Balançou o corpo para um lado e para o outro sem conseguir finalizar até ser desarmado por Harlei. Cinco mintuos depois, ele chutou em cima do goleiro esmeraldino. Aos 44, o bombardeio aumentou com chute de Mateus para defesa do camisa 1.
De tanto tentar, o Salgueiro chegou ao segundo gol já nos acréscimos. Aos 46, Robertinho foi derrubado dentro da área. Fabrício Ceará foi para a cobrança e, de cavadinha, ampliou.
Ficha do jogo:
Salgueiro: Marcelo; Marcos Tamandaré, Henrique, Alemão e Josa; Diego Paulista (Edu Chiquita), Pio, Mateus e Edmar (Robertinho); Fagner e Fernando. Técnico: Neco
Goiás: Harlei; Rafael Tolói (Walmir Lucas), Ernando e Marcão; Oziel, Carlos Alberto, Zé Antônio (Marcelo Costa), Diniz (Valdir Filho) e Valdir Lima; Felipe Amorim e Hugo. Técnico: Artur Neto.
Local: Estádio Ademir Cunha, em Paulista. Árbitro: Antônio Hora Filho (SE). Assistentes: João Carlos de Jesus Santos e Izac Marcio da Silva Oliveira. Gols: Marcos Tamandaré, aos 38 do primeiro tempo. Fabrício Ceará, aos 47 do segundo. Cartões amarelos: Marcelo Costa, Zé Antônio, Walmir Lucas e Valdir Lima. Público: 4.845.
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