Por Alexandre César
Especial para o Blog do Torcedor
Em campo, 110 anos do Clássico da Prata entre Argentina e Uruguai. O jogo desta noite de sábado pelas quartas-de-finais terminou 1 a 1 no tempo normal e se manteve na prorrogação. A Celeste Olímpica se classificou para as semifinais na disputa de pênaltis, pelo escore 5 a 4. Agora, o Uruguai enfrentará o Peru, que eliminou a Colômbia no outro jogo. Foi uma partida de encher os olhos, não só para torcedores de ambos os países, mas para os amantes do futebol.
De um lado, Messi, considerado o melhor do mundo; do outro, Forlán, com o título de melhor jogador da Copa do Mundo da África do Sul em 2010.
Não faltaram emoções neste duelo sul-americano, onde dois gigantes do futebol mundial equilibravam-se pelas tradições de suas camisas. Só em Copa América são 14 conquistas para cada lado, onde também com duas taças, empatam em números de Olimpíadas e Copas do Mundo.
Em Libertadores da América, a Argentina lidera com 22 conquistas, contra o Uruguai que possui oito troféus. O Brasil está em segundo com 15 títulos. Argentinos e uruguaios disputaram 30 jogos de Copa América, com 13 vitórias para cada um, e ainda houve quatro empates.
A partida começou movimentada. Geralmente, quando duas grandes seleções se encontram, um procura estudar o outro, mas não foi o que aconteceu. O Uruguai nem parecia que jogava na casa do rival e partiu para cima dos comandados de Sergio Batista.
Logo aos quatro minutos, Forlán tentou matar uma bola no peito e recebeu falta perto da área. No minuto seguinte, a Celeste Olímpica chegou ao gol. Forlán cruzou na área para a cabeçada de Cáceres, onde o goleiro Romero fez a defesa. A bola sobrou para Diego Pérez que só teve o trabalho de empurrar para o gol.
Com 1 a 0 no placar, o Uruguai passou a dar as cartas e a Alviceleste adiantou o time para tentar chegar ao empate. E ele aconteceu aos 17 minutos, quando Messi viu Higuaín na área. O melhor do mundo fez o cruzamento da direita e Higuaín testou nas costas da defesa para igualar o marcador.
Os uruguaios exageraram nas faltas e três atletas tomaram o cartão amarelo, mas só Diego Pérez tomou dois. Quando já tinha sido advertido, Pérez empurrou Gago numa jogada desnecessária. O juiz Carlos Amarilla deu o segundo amarelo e expulsou o jogador.
Ambas equipes ainda tiveram dois gols anulados. Messi cruzou para Higuaín marcar, mas o atacante estava realmente em condições irregulares. Pelo lado uruguaio, Forlán cruzou na área, mas o lance foi invalidado quando o ataque foi pego em impedimento.
No segundo tempo, quando se esperava que a Argentina fizesse prevalecer a superioridade numérica, foi o Uruguai quem passou a sufocar o adversário. Por algumas vezes Forlán esteve perto de marcar. No fim da segunda etapa, Mascherano fez falta em Suárez e tomou o vermelho.
Aos 44 minutos, Mulsera fez duas defesas espetaculares, num chute de falta de Tevez, e na sequência, quando Higuaín pegou a sobra, mas o goleiro uruguaio foi ao seu encontro e defendeu com o peito.
No último lance do jogo, Alvaro Pereira entrou na área argentina pela direita, deu um elástico em seu marcador e cruzou para Forlán, que tentou aparar a bola, mas esta veio muito forte e passou por cima do gol. Com o empate, a partida foi para a prorrogação.
Logo aos três minutos da prorrogação, Alvaro Pereira recebeu a bola do lado esquerdo da área e mandou a bomba. A bola passou muito perto do ângulo esquerdo do goleiro Romero. Pela Argentina, Pastore chutou com muito veneno por cima da zaga, a bola fez uma curva e quase enganou Mulsera, mas foi para fora. Higuaín ainda teve uma chance clara, mas mandou uma bola na trave uruguaia.
Aos dois minutos, Messi tentou dar números finais ao placar. Recebeu na entrada da área com a defesa desprevenida, mas arrematou em cima de Mulsera.
Nas cobranças, Forlán, Suárez, Scotti, Gargano e Cáceres converteram para os uruguaios. Pela Argentina, Messi, Burdisso, Pastore e Higuaín marcaram. Tevez teve sua cobrança defendida pelo arqueiro Mulsera.
No final, os uruguaios fizeram a festa no Cemitério dos Elefantes. Nome dado ao estádio, pela fama de grandes times argentinos serem vítimas neste palco.
Ficha técnica:
Argentina: Romero, Zabaleta, Burdisso, Gabriel Milito e Javier Zanetti; Mascherano, Gago (Biglia) e Di Maria (Pastore); Messi, Aguero (Tevez) e Higuaín.
Técnico: Sergio Batista.
Uruguai: Mulsera, Maxi Pereira, Lugano, Victorino (Scotti) e Cáceres; Diego Pérez, González, Arévalo Ríos e Alvaro Pereira (Gargano); Diego Forlán e Luis Suárez.
Técnico: Oscar Tabárez.
Local: Estádio Brigadeiro Estanislao López, Santa Fé - Argentina
Árbitro: Carlos Amarilla (PAR)
Assistentes: Nicolas Yegros (PAR) e Luis Sanchez (VEN)
Cartões amarelos: Zabaleta, Mascherano, Gabriel Milito, Burdisso, Gago, Tevez (ARG) / Diego Pérez, Cáceres, González (URU)
Cartões vermelhos: Mascherano (ARG) / Diego Pérez (URU)
GOLS: Higuaín (ARG) / Diego Pérez (URU)
Pênaltis: Messi, Burdisso, Pastore e Higuaín (AR) / Forlán, Suárez, Scotti, Gargano e Cáceres (URU)
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