
"O jogo acabou, temos que ser realistas." A frase é do meia Eduardo  Ramos. Foi proferida no intervalo da partida de ontem contra o  Atlético-MG, na Ilha do Retiro. Resume a eliminação rubro-negra da Copa  do Brasil. Despedida marcada pela falta de atitude dos atletas, de  ousadia do técnico Givanildo Oliveira. Saída com derrota. A terceira  seguida na temporada. Até a semana passada invicto, hoje o Sport está  abatido. Justo no momento de decidir o título do Estadual.
 
Jogadores do Galo comemoram em plena Ilha do Retiro  Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press | 
Há  quem critique a postura de Eduardo Ramos de jogar a toalha. Os otimistas  argumentam que faltavam pelo menos 45 minutos. Citam o triunfo sobre o  Internacional, na mesma Copa do Brasil, em 2008. Contexto bem diferente.  De fato, o Sport estava eliminado no fim do primeiro tempo de ontem.  Pelo placar adverso de 2 x 0 e também pelo espírito e desempenho dos  jogadores em campo. Poucos renderam o esperado. Na verdade, apenas o  volante Zé Antônio.
O próprio Eduardo Ramos esteve mal. Em nada  contribuiu na marcação, errou passes, perdeu divididas e, na boachance  que teve de marcar, aos 37, preferiu induzir o árbitro a marcar pênalti.  Disputava na velocidade com Júnior e Wescley. Se jogou na área. Nada.  Se levantou e viu, no contra- ataque, Diego Tardelli receber a bola com  apenas César e Magrão a sua frente. Tardelli passou fácil pelo zagueiro.  Na saída do goleiro, tocou sutilmente. Marcou o segundo gol do Galo.
Segundo  porque, aos 19, Muriqui abriu o placar. Fez no momento em que o Sport  dominava, mas sem pressionar. Queria ser veloz, mas esbarrou no esquema  defensivo do Atlético-MG. Que não se arriscava. Vanderlei Luxemburgo  aprendeu a lição. Na Ilha, o seu time só ataca com extrema segurança.  Assim aconteceu. Zé Luiz lançou da defesa. Fabiano, ex-Sport, dominou na  área e chutou cruzado, forte. Magrão não conseguiu segurar. A bola  sobrou para Muriqui. Atlético-MG 1 x 0.
Sem reação - A etapa  complementar começou com o Sport diferente. Apenas na formação.  Givanildo Oliveira fez o que era para ter feito ainda no primeiro tempo,  quando a necessidade de fazer gols já havia se multiplicado. Desmanchou  a linha de três zagueiros e colocou Ricardinho no meio-campo ao lado de  Eduardo Ramos. Apagado, Dairo também saiu. Entrou Pedro Júnior. Logo no  início, Júlio César emendou um belo chute e obrigou Aranha a realizar  grande defesa. Sinal de reação? Não.
O Sport dominava, mas sem  pressionar. Até os 20 minutos, quando o Atlético-MG equilibrou o jogo.  Até que o Leão desistiu de vez. O Galo envolveu o time rubro-negro. Teve  a chance da goleada. Perdeu quatro oportunidades. Renan Oliveira,  Carlos Alberto, Zé Luiz e Renan Oliveira de novo. Boa parte dos  torcedores não viu. Já haviam deixado o estádio com a certeza de que é  preciso melhorar muito para não ver outros sonhos ficarem pelo caminho. O  sonho do penta estadual, o sonho de voltar à Série A.
Sport  0
Magrão; Igor, César (Ricardinho) e Tobi; Júlio César  (Eduardo Ratinho), Daniel Paulista, Zé Antônio, Eduardo Ramos e Dutra;  Dairo (Pedro Júnior) e Ciro. Técnico: Givanildo Oliveira.
Atlético-MG  2
Aranha; Jairo Campos, Werley e Benítez; Carlos  Alberto, Zé Luiz, Correa (Ricardinho), Fabiano (Jonílson) e Júnior;  Muriqui e Diego Tardelli (Renan Oliveira). Técnico: Vanderlei  Luxemburgo.
Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Djalma Beltrami (RJ).  Assistentes: Hilton Moutinho (RJ) e Tiago Gomes (CE). Gols: Muriqui e  Diego Tardelli. Cartões amarelos: Ciro (S); Zé Luiz (A). Público:  28.002. Renda: R$ 316.231,00.                        
Fonte: Diário PE
 
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