sexta-feira, 23 de abril de 2010

A vez da despedida tricolor

O tabu está mantido. Na noite de ontem, o Santa Cruz voltou a falhar em sua sétima tentativa de avançar às quartas-de-final da Copa do Brasil. Como nas seis ocasiões anteriores, o Tricolor foi eliminado nas oitavas. Dessa vez com uma nova derrota para o Atlético-GO, por 2 x 0, no Serra Dourada. No Arruda, já havia perdido por 2 x 1. Robston, o carrasco do confronto, autor de dois gols no jogo de ida, voltou a marcar. Marcão completou. O detalhe é que ambos entraram no decorrer do segundo tempo. Com o ponto final na Copa do Brasil, o Santa volta todas as atenções para as semifinais do Pernambucano. Dado Cavalcanti surpreendeu ao sacar Elvis e Gilberto Matuto do time titular. Na escalação oficial divulgada momentos antes da partida, Wellington na lateral direita; Goiano, Léo, Jackson e Dedé no meio campo. Uma postura demasiadamente precavida, na teoria. Principalmente pela necessidade do Santa, que já começou o jogo precisando de dois gols, independentemente de sofrer ou não o primeiro. Na prática, porém, o esquema de Dado funcionou na etapa inicial. Com dez minutos de bola rolando, o desenrolar da partida justificava as opções do técnico tricolor. E o fato do Santa Cruz ter sido melhor em boa parte do primeiro tempo, por si só respalda as escolhas de Dado - tendo em vista a melhor qualidade técnica do adversário. Joelson e Brasão poderiam ter colocado o time pernambucano em vantagem. Na melhor oportunidade coral, aos 22 minutos, o chute de Joelson parou na recuperação do zagueiro Agenor. O Atlético só resolveu fazer Tutti trabalhar lá pela metade do primeiro tempo. Aos 34, Rodrigo Tiuí teve chance de abrir o placar. Cara a cara com o arqueiro tricolor, ele tentou o toque sutil por cobertura. Melhor para Tutti. Satisfeito com a postura do seu time, Dado Cavalcanti descartou qualquer substituição no intervalo. Precaução pertinente ou covardia? Em meio aos tricolores, a resposta deve ter variado de acordo com o perfil de cada torcedor. Só aos 18 minutos do segundo tempo, Dado resolveu abrir mão de um volante. Léodeu lugar ao meia Elvis. Àquela altura, apostar num time mais ofensivo era a única saída para o Santa. A medida em que os ponteiros do relógio pareciam se apressar, o desafio dos dois gols ficava cada vez mais complicado. O Tricolor jogava contra dois adversários: o Atlético e o tempo. Por incrível que pareça, mesmo com o gol de Robston aos 28 minutos - por sinal um golaço de fora da área - o maior oponente do Santa continuou sendo o relógio. Com 1 x 0 para o Atlético estampado no placar, o Tricolor precisava dos mesmos dois gols. A diferença era que o 2 x 1 levava a decisão para os pênaltis, enquanto o 2 x 0 garantia a classificação direta. A certeza da eliminação veio com o passar do tempo. O gol de Marcão, aos 45, apenas sacramentou o veredicto do relógio. Atlético-GO 2 Márcio; Márcio Gabriel, Gilson, Jairo e Thiago Feltri; Agenor (Erandir), Ramalho, Pituca e Elias (Robston); Rodrigo Tiuí (Marcão) e Juninho. Técnico: Geninho Santa Cruz 0 Tutti; Wellington, Leandro Cardoso, Luiz Eduardo (G. Matuto) e Edson Miolo (André Leonel); Goiano, Léo (Elvis), Dedé e Jackson; Joelson e Brasão. Técnico: Dado Cavalcanti Fonte: Diario Pe
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