quinta-feira, 22 de abril de 2010

A fé na repetição do milagre

Repetir o "milagre" do Engenhão, quando eliminou o Botafogo das oitavas de final da Copa do Brasil, ao vencer a partida por 3 x 2 - após perder o primeiro confronto por 1 x 0, no Arruda. É o sonho do Santa Cruz diante do bom time do Atlético-GO, hoje, às 21h, em pleno Serra Dourada. Como perdeu o primeiro duelo, em casa, por 2 x 1, o Tricolor terá que, no mínimo, dar o troco pelo mesmo placar para levar a decisão para os pênaltis, ou buscar a classificação direta ganhando por dois gols gols de diferença ou vitórias com placar acima de 3 x 2. Se passar, o Tricolor chegará pela primeira vez às quartas de final da competição. Para alcançar o objetivo, o técnico Dado Cavalcanti mudou um pouco as suas próprias características. Como já tem a base da equipe definida, o comandante coral costuma confirmar logo a escalação, sendo os jogos decisivos ou não. Desta vez, a história foi diferente. Ele só vai confirmar os onze jogadores que vão entrar em campo diante do Dragão momentosantes da bola rolar. Porém, é certo que o zagueiro Leandro Cardoso, recuperado de uma lesão na coxa direita, será o titular em lugar de Alysson, suspenso pelo terceiro amarelo. O volante Leo, que não jogou a primeira partida no Recife por ter recebido o terceiro amarelo, também deve voltar, mas ainda se queixa de dores na região pubiana. Se atuar, Dedé deverá sair do time, mas especula-se que o meia Jackson também poderia ser o escolhido para ficar no banco de reservas. Outra opção seria a entrada do velocista Marcelinho no ataque no lugar de Joelson. "Temos que fazer algo diferente do que foi feito no Arruda. Afinal, perdemos a partida", declarou Dado Cavalcanti, que quer o Tricolor usufruindo das oportunidades. "Se a gente tiver a chance de fazer o gol, vamos criar um grande problema para o adversário, que vai ficar em dúvida se sai ou não para o jogo. É uma partida onde temos que ter tranquilidade porque, mesmo se o gol sair perto do final do segundo tempo, poderemos surpreender no final e ficar com a vaga." Já o meia Jackson, um dos mais experientes da equipe, se mostrou bastante confiante na classificação coral, mesmo com a desvantagem por conta da derrota no Arruda. "Se a gente não acreditasse na classificação era melhor nem entrar em campo. Podemos sim ter sucesso. É nisso que todos tem que pensar diante do Atlético-GO", frisou, descrevendo como deve se comportar o time diante de um adversário que mostrou ser bastante qualificado. "Temos que ter uma marcação forte desde o ataque. Se isso ocorrer, vamos ter mais posse de bola e as coisas vão ficar mais fáceis para o meio-campo e também para a defesa." Quem também se mostrou bastante animado foi o lateral-direito Gilberto Matuto. Mas o defensor coral faz um alerta. "O que não pode acontecer é a gente deixar o Atlético sair na frente no marcador. Temos sim plenas condições de buscar a vaga como aconteceu no Engenhão contra o Botafogo. Empenho da nossa parte a torcida pode estar certa que não vai faltar." Fonte: Diário PE

Agora só resta o Estadual

"O jogo acabou, temos que ser realistas." A frase é do meia Eduardo Ramos. Foi proferida no intervalo da partida de ontem contra o Atlético-MG, na Ilha do Retiro. Resume a eliminação rubro-negra da Copa do Brasil. Despedida marcada pela falta de atitude dos atletas, de ousadia do técnico Givanildo Oliveira. Saída com derrota. A terceira seguida na temporada. Até a semana passada invicto, hoje o Sport está abatido. Justo no momento de decidir o título do Estadual.
Jogadores do Galo comemoram em plena Ilha do Retiro Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Há quem critique a postura de Eduardo Ramos de jogar a toalha. Os otimistas argumentam que faltavam pelo menos 45 minutos. Citam o triunfo sobre o Internacional, na mesma Copa do Brasil, em 2008. Contexto bem diferente. De fato, o Sport estava eliminado no fim do primeiro tempo de ontem. Pelo placar adverso de 2 x 0 e também pelo espírito e desempenho dos jogadores em campo. Poucos renderam o esperado. Na verdade, apenas o volante Zé Antônio. O próprio Eduardo Ramos esteve mal. Em nada contribuiu na marcação, errou passes, perdeu divididas e, na boachance que teve de marcar, aos 37, preferiu induzir o árbitro a marcar pênalti. Disputava na velocidade com Júnior e Wescley. Se jogou na área. Nada. Se levantou e viu, no contra- ataque, Diego Tardelli receber a bola com apenas César e Magrão a sua frente. Tardelli passou fácil pelo zagueiro. Na saída do goleiro, tocou sutilmente. Marcou o segundo gol do Galo. Segundo porque, aos 19, Muriqui abriu o placar. Fez no momento em que o Sport dominava, mas sem pressionar. Queria ser veloz, mas esbarrou no esquema defensivo do Atlético-MG. Que não se arriscava. Vanderlei Luxemburgo aprendeu a lição. Na Ilha, o seu time só ataca com extrema segurança. Assim aconteceu. Zé Luiz lançou da defesa. Fabiano, ex-Sport, dominou na área e chutou cruzado, forte. Magrão não conseguiu segurar. A bola sobrou para Muriqui. Atlético-MG 1 x 0. Sem reação - A etapa complementar começou com o Sport diferente. Apenas na formação. Givanildo Oliveira fez o que era para ter feito ainda no primeiro tempo, quando a necessidade de fazer gols já havia se multiplicado. Desmanchou a linha de três zagueiros e colocou Ricardinho no meio-campo ao lado de Eduardo Ramos. Apagado, Dairo também saiu. Entrou Pedro Júnior. Logo no início, Júlio César emendou um belo chute e obrigou Aranha a realizar grande defesa. Sinal de reação? Não. O Sport dominava, mas sem pressionar. Até os 20 minutos, quando o Atlético-MG equilibrou o jogo. Até que o Leão desistiu de vez. O Galo envolveu o time rubro-negro. Teve a chance da goleada. Perdeu quatro oportunidades. Renan Oliveira, Carlos Alberto, Zé Luiz e Renan Oliveira de novo. Boa parte dos torcedores não viu. Já haviam deixado o estádio com a certeza de que é preciso melhorar muito para não ver outros sonhos ficarem pelo caminho. O sonho do penta estadual, o sonho de voltar à Série A. Sport 0 Magrão; Igor, César (Ricardinho) e Tobi; Júlio César (Eduardo Ratinho), Daniel Paulista, Zé Antônio, Eduardo Ramos e Dutra; Dairo (Pedro Júnior) e Ciro. Técnico: Givanildo Oliveira. Atlético-MG 2 Aranha; Jairo Campos, Werley e Benítez; Carlos Alberto, Zé Luiz, Correa (Ricardinho), Fabiano (Jonílson) e Júnior; Muriqui e Diego Tardelli (Renan Oliveira). Técnico: Vanderlei Luxemburgo. Local: Ilha do Retiro. Árbitro: Djalma Beltrami (RJ). Assistentes: Hilton Moutinho (RJ) e Tiago Gomes (CE). Gols: Muriqui e Diego Tardelli. Cartões amarelos: Ciro (S); Zé Luiz (A). Público: 28.002. Renda: R$ 316.231,00. Fonte: Diário PE
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