segunda-feira, 12 de março de 2012

Náutico pediu a cabeça de Chico Domingos e diz que FPF aceitou

Representante do Náutico junto à Federação Pernambucana de Futebol, Ernesto Cavalcanti confirmou duas informações importantes, no cenário de crise na arbitragem em Pernambuco. A primeira, que o clube alvirrubro pediu a saída de Francisco Domingos do comando da comissão de arbitragem da Fedaração Pernambucana de Futebol (FPF). A segunda, que o presidente da FPF, Evandro Carvalho, já garantiu aos dirigentes do Timbu que Domingos está fora.

"Simples atos de afastar árbitros não trazem de volta os pontos ao Náutico. O que está faltando é comando na arbitragem. Há um mês, estive com João Caixero, e ele pediu paciência, que apoiássemos os árbitros. Fizemos isso, e deu no que deu. O Náutico não aceita a permanência de Francisco Domingos. O presidente [Evandro Carvalho] foi sensível e realmente compreendeu que é o momento de mudar", declarou Ernesto Cavalcanti em entrevista à Rádio JC/CBN.

Seguro das informações, Cavalcanti, que é ex-árbitro, até começou a falar sobre o perfil do próximo chefe da arbitragem. "Quem vai assumir virá com grande responsabilidade, mas virá com mentalidade nova, conceito novo, para mudar esse caos que estamos vendo. Evandro falou da possibilidade de vir alguém de fora, renomado a nível nacional, um ex-árbitro. Mas há também bons nomes no próprio estado", comentou.

Multado, Jael não viaja com o Sport. Bruno Aguiar deve jogar

O Sport viaja para Teresina, nesta terça-feira, para enfrentar o 4 de julho, na próxima quarta-feira, pela Copa do Brasil, com a presença do zagueiro Bruno Aguiar na delegação, mas sem o atacante Jael.

Bruno sofreu um acidente de trabalho durante a partida contra o América, no último sábado. Ao subir para disputar uma bola, caiu de mau jeito, bateu a cabeça no chão e ficou desacordado. Mas se recuperou e já está à disposição do técnico Mazola.

Já a ausência de Jael é questão disciplinar. O atacante chegou atrasado no treino do último domingo, na Ilha do Retiro, e foi multado em seu salário. Além disso, ficou fora da delegação. A multa é justificável. O que não dá para entender é retirar o atleta de uma obrigação depois de uma falta. Será que Jael achou ruim de curtir o Recife enquanto os companheiros de equipe viajam?

Fonte:blogdotorcedor

Íntegra da carta-renúncia de Ricardo Teixeira

Texto publicado na Folha Online

Ser presidente da CBF durante todos esses anos representou na minha vida uma experiência mágica. O futebol, no Brasil, é mais que esporte, mais que competição. É a paixão que envolve, é o sofrimento que alegra, é a fidelidade que unifica. Por essas razões, pensei muito na decisão que ora comunico e pensei muito no que dizer sobre minha decisão.

Presidir paixões não é tarefa fácil. Futebol em nosso país é sempre automaticamente associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, despertou o talento. Quando perdemos, imperou a desorganização.

Fiz, nestes anos, o que estava ao meu alcance, sacrificando a saúde, renunciando ao insubstituível convívio familiar. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias. Mas isso é muito pouco, pois tive a honra de administrar não somente a Confederação de Futebol mais vencedora do mundo, mas também o que o ser humano tem de mais humano: seus sonhos, seu orgulho, seu sentimento de pertencer a uma grande torcida, que se confunde com o país.

Ao trazer a Copa de 2014, o Brasil conquistou o privilégio de sediar o maior e mais assistido evento do mundo, se inseriu na pauta mundial, alavancou mais a economia e aumentou o orgulho de todo o povo brasileiro.

Tentei, no limite das minhas forças, organizar os talentos. Nas minhas gestões, criamos os campeonatos de pontos corridos e a Copa do Brasil, aumentamos substancialmente as rendas do futebol brasileiro, desenvolvemos o marketing e, principalmente, vencemos.

Hoje, deixo definitivamente a presidência da CBF com a sensação do dever cumprido. Não há sequência de ataques injustos que se rivalizem à felicidade de ver, no rosto dos brasileiros, a alegria da conquista de mais de 100 títulos, entre os quais duas Copas do Mundo, cinco Copas América e três Copas das Confederações. Nada maculará o que foi construído com sacrifício, renúncia e dor.

A mesma paixão que empolga, consome. A injustiça generalizada, machuca. O espírito é forte, mas o corpo paga a conta. Me exige agora cuidar da saúde.

Em obediência ao estatuto da CBF, mais precisamente ao disposto em seu artigo 37, você, meu vice-presidente e ex-governador de São Paulo, José Maria Marin, passa a presidir a CBF. A você, desejo sorte, para que o talento se revele na hora certa; discernimento, para que o futebol brasileiro siga cada vez mais organizado e respeitado; e força, para enfrentar as dificuldades que certamente virão.

Deixo a CBF, mas não deixo a paixão pelo futebol. Até por isso, a partir de hoje e sempre que necessário, coloco-me à disposição da entidade. Reúno-me com mais força à minha família, que entendeu minha missão, apoiou-me sempre e me faz ainda mais feliz.

Agradeço de maneira especial aos presidentes de clubes e das federações estaduais, aos dirigentes e colaboradores da CBF, amigos leais em quem sempre encontrei apoio incondicional para o desempenho de meu trabalho.

À torcida brasileira, meu muito obrigado. Nunca me esquecerei das taças sendo erguidas. Elas estão no coração de cada um de nós. Elas são um pedaço do Brasil."

Ricardo Terra Teixeira
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