segunda-feira, 25 de julho de 2011

É hora de se reforçar, mas o Náutico enfraquece seu elenco

É boa a campanha do Náutico na Série B. O time, sob o comando de Waldemar Lemos, mostra um futebol equilibrado e tem conquistado bons resultados, em uma campanha que segue em linha ascendente, com três vitórias e dois empates nas últimas cinco partidas, sendo três delas fora de casa. No entanto, considerando que o objetivo é alcançar o acesso à Série A, o time visivelmente precisa de um pouco mais de qualidade nas laterais e no setor de apoio do meio de campo.

O elenco conta apenas com dois meias, Eduardo Ramos e Douglas, e só o primeiro vem jogando. Douglas não teve sequer uma oportunidade até aqui, cabendo a Philip, que é mais um atacante, entrar como meia em determinados momentos, sempre no segundo tempo, com o objetivo de acelerar mais o jogo. O time contava também com Willian e Deyvid Sacconi no Campeonato Pernambucano, mas liberou os dois e não repôs.

Já nas laterais, os titulares Jeff Silva (esquerda) e Peter (direita) apresentam alguma regularidade, sobretudo na defesa, mas deixam muito a desejar no apoio.

No ataque, as coisas pareciam ter se arrumado nas últimas partidas. Kieza e Rogério cresceram de produção, e Ricardo Xavier ficou como uma boa opção, quase um reserva de luxo. Mas agora o clube libera Xavier sob o frágil pretexto de "motivos pessoais". Nas entrelinhas, o jogador estava insatisfeito com a reserva, e o clube não fez questão de permanecer com ele, como se ele fosse dispensável.

O Náutico tinha em Ricardo Xavier — o melhor atacante da equipe no Campeonato Pernambucano — um reserva de alto nível, a sombra de Kieza e Rogério. Algo que falta no meio de campo. Porém, o tempo passa, e o clube não contrata esse meia para jogar ao lado de Eduardo ou ser o seu reserva imediato, deixando de fortalecer o elenco, e ainda libera Ricardo Xavier, enfraquecendo o setor de ataque. Vale lembrar que Bruno Meneghel, o outro titular do Estadual, também saiu do clube.

O clube não deveria aceitar a liberação de um jogador importante, a não ser que seja para trazer alguém melhor. Mas o presidente Berillo Júnior já adiantou que não vai haver contratação para o setor, confiando em quem está no elenco. Só que os contratados Moisés e Paulo Sérgio, há semanas no elenco, ainda não jogaram, e Joelson ainda não teve oportunidade após voltar de lesão, e Alexandro não agrada. Talvez isso revele que eles não sejam as peças que o time precisa. Fica uma incógnita se vão pelo menos manter o nível.

É bem verdade que ter um elenco "fechado", com jogadores comprometidos e concentrados no projeto, é fundamental. Mas é preciso primar pela qualidade, pela melhoria constante. Juntando as saídas e as reposições que aparentemente não são à altura, percebe-se que as carências do elenco (que não eram muitas) vêm aumentando, em um momento em que elas deveriam estar dimininuindo.

A conclusão geral é que o Náutico, após montar um time caro no Estadual, não tem mais fichas para investir em contratações. Agora fechou a torneira para reforços de peso no Brasileiro, quando briga para subir à Série A. Uma grande distorção de planejamento.

Só para ilustrar: times que vão brigar para subir têm se reforçado para a Série B. Ex: Sport (Júnior Viçosa, Maylson, Willans), Goiás (Iarley, Alan Bahia e Marcinho Guerreiro), Vitória (Marquinhos, Edu, Geraldo), Portuguesa (Edno chegou na sétima rodada).

Fonte:blogdotorcedor

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