domingo, 16 de outubro de 2011

Treze quer calar a multidão

Do Jornal do Commercio
Assim como o Santa Cruz, o Treze foi rebaixado para a Série D em 2008, quando a CBF resolveu enxugar a Terceira Divisão para 20 clubes. E assim como o Santa Cruz, o Treze foi eliminado na primeira fase na sua primeira tentativa de volta, em 2009, e nas oitavas de final, na edição do ano passado. Hoje, as coincidências se encerram já que apenas um time conseguirá o acesso. E para ser o estraga prazer de mais de 50 mil pessoas hoje, no Arruda, o Galo da Borborema usa das mesmas armas do tricolor pernambucano: o mistério.
Ao longo da semana, o técnico Marcelo Vilar comandou dois treinos fechados à imprensa. Na sexta-feira, inclusive, mudou o horário da movimentação, da tarde para a manhã, sem avisar aos jornalistas que ficaram a ver navios. Além disso, desde quarta-feira, por determinação da diretoria, o Treze adotou a lei do silêncio, com os jogadores sendo proibidos de dar entrevistas. A ordem é dar o mínimo de munição para o técnico coral Zé Teodoro. Até porque para a decisão, Marcelo Vilar não terá problemas para armar a sua equipe já que terá todos os seus jogadores à disposição.
“Nossos jogadores precisam ficar com a cabeça voltada apenas para essa decisão. Qualquer declaração serve de motivação para eles (Santa Cruz), por isso adotamos essa estratégia até domingo (hoje). Afinal de contas, vale o acesso na Série C”, afirmou o presidente do Treze, Fábio Azevedo.
Um retorno garantido na equipe é o do meia Chapinha, um dos destaques do Galo e que ficou de fora da primeira partida por ter sido expulso contra o Santa Cruz-RN, pelas oitavas de final. Assim, o Treze terá força máxima para enfrentar os corais.
Precisando da vitória para ficar com a vaga (ou de um empate a partir do 4x4), Marcelo Vilar deve mandar a campo uma equipe ofensiva, podendo, inclusive, optar por um esquema com três atacantes. Nesse caso Vavá entraria no time, na vaga do volante Roberto.
Vale lembrar que o Treze tem um dos melhores ataques da Série D com 23 gols marcados. Nos últimos três jogos, a equipe balançou as redes nove vezes. A confiança no poder de fogo da equipe é tanta, que os atletas trezeanos garantem que não vão sentir a pressão da torcida do Santa. “O que eu acho é que pressão de torcida não interfere em nada dentro de campo. Se torcedor ganhasse jogo, o Santa Cruz, que toda partida coloca mais de 50 mil nas arquibancadas, não estaria há quatro anos nesta mesmice. O jogo só acontece dentro de campo”, alfinetou Vavá.

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