sábado, 17 de dezembro de 2011

Mundial de Clubes - Finalistas esperam seu herói

Do site oficial da FIFA

Por mais que se deseje que as finais de campeonato sejam um festival de belo futebol, elas com frequência são jogos acirrados e tensos. Muito pouco separa as equipes que se enfrentam nessas ocasiões e a diferença entre ganhar ou perder pode estar simplesmente na contribuição decisiva de um único jogador.

Neste domingo, a final do Japão 2011 terá em campo vários atletas com esse potencial de definir uma partida. Lionel Messi, Neymar e Andrés Iniesta são só alguns, encabeçando uma impressionante lista de craques de primeiro nível. Mas a história da Copa do Mundo de Clubes da FIFA demonstra que, seja quem for que deixar sua marca no Estádio Internacional de Yokohama, esse atleta estará seguindo os passos de ilustres companheiros que fizeram o mesmo nas edições anteriores da competição.

Brasil 2000: Muralha de Dida frustra o Vasco
Único jogador a ser campeão do torneio por dois clubes diferentes, Dida chegou para a primeira edição da competição já conhecido em todo o Brasil por sua habilidade em defender pênaltis. Ao longo dos 11 dias do torneio, essa reputação se tornou mundial. Depois de pegar uma penalidade de Nicolas Anelka ainda na fase de grupos e impedir que o Vasco marcasse nos 120 minutos da final, Dida fez a balança pender para o lado do Corinthians na decisão por pênaltis que se seguiu, parando a cobrança de Gilberto. "Sempre levei jeito para pegar pênaltis", explicou mais tarde. "Defendi aquele chute porque mantive o sangue frio e fiz o que sei fazer."

Japão 2005: Liverpool para em Rogério Ceni:
A Copa do Mundo de Clubes da FIFA retornou em 2005 após um intervalo de cinco anos e, apesar de a sede do torneio ter mudado, algumas coisas continuaram as mesmas. Mais uma vez, um goleiro brasileiro foi o jogador decisivo da final. Rogério Ceni ganhou a Bola de Ouro adidas graças a sua inspiradíssima atuação. Foi ele quem garantiu que o São Paulo conseguisse vencer o Liverpool por 1 a 0 em um jogo dominado pela equipe inglesa, na qual craques como Fernando Torres e Steven Gerrard devem ter saído amaldiçoando o brilhantismo do ícone são-paulino. "Foi um de meus melhores jogos", disse o arqueiro ao FIFA.com depois do título. "Sabemos como vencer quando precisamos."

Japão 2006: Talismã afunda o Barça:
Se o Barcelona precisa de um lembrete de que as equipes brasileiras não podem ser subestimadas, tem apenas de rever a final do Mundial de 2006. Na ocasião, com Ronaldinho em seu melhor momento, a equipe espanhola era considerada favorita para vencer o Internacional sem problemas e, aliás, dominou a final até o técnico Abel Braga fazer uma substituição. Era evidentemente uma aposta defensiva, já que saía o atacante Fernandão e entrava o meia Adriano. Resulta, porém, que foi o próprio meio-campista quem, após receber lançamento, marcou o único gol da partida na saída de Víctor Valdés. "É uma sensação incrível entrar como substituto e marcar o gol que nos tornou campeões mundiais", disse um radiante Adriano ao FIFA.com. "Com a ajuda de Deus, consegui fazer o que o professor Abel me pediu."

Japão 2007: Categoria de Kaká inspira o Milan:
Depois de três decisões e apenas dois gols marcados, a final de 2007 teve Milan e Boca Juniors protagonizando um jogo emocionante, em que a rede balançou seis vezes. O destaque foi Kaká, que exibiu o melhor de sua criatividade. Filippo Inzaghi pode ter marcado dois gols, mas ambas as jogadas foram armadas pelo brasileiro, camisa 22 da equipe rubro-negra, que, na sequência, também fez o seu e deixou o clube italiano em situação confortável na partida. "Foi uma noite inesquecível", disse o meia mais tarde. "É mais um capítulo no livro de minha vida."

Japão 2008: Rooney faz o Manchester acordar:
Wayne Rooney pode ter saído consagrado de seu primeiro Mundial de Clubes, mas começou a competição no banco. Dois gols nos últimos 16 minutos da vitória por 5 a 3 sobre o Gamba Osaka na semifinal e um pedido pessoal ao técnico Alex Ferguson garantiram que ele fosse escalado para encarar a LDU na final. E Rooney justificou de sobra a confiança. O Manchester tinha um homem a menos em campo quando ele marcou o único gol da partida com uma finalização perfeita, que lhe valeu um elogio e tanto de seu companheiro Rio Ferdinand. "Ele tem condições de ser o melhor atacante do mundo", disse o zagueiro inglês.

Emirados Árabes Unidos 2009: Magia de Messi acaba com o Estudiantes:
Entre os mais de 200 gols de Lionel Messi com a camisa do Barça, aquele sem dúvida não foi de seus mais bonitos. Mas as circunstâncias que envolveram o feito — realizado aos cinco minutos do segundo tempo da prorrogação de um jogo dificílimo — fizeram dele um dos mais importantes da carreira do argentino. "A bola veio e eu não sabia se cabeceava ou se batia de peito", descreveu Messi. "Acho que no fim a acertei com o distintivo do clube!"

Emirados Árabes Unidos 2010: Eto'o em grande forma:
A Internazionale de Milão enfrentava o primeiro clube africano a chegar à final do torneio na história, mas foi justamente um dos melhores jogadores da África o responsável pela vitória dos europeus. Primeiro, Samuel Eto'o deu um brilhante passe para Goran Pandev abrir o placar. Depois, deu tranquilidade à equipe já aos 17 minutos com uma finalização igualmente impressionante no segundo gol. "Ele tem tanta qualidade que é quase inacreditável", afirmou o zagueiro Lúcio após a partida.

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