domingo, 6 de março de 2011

Rotatividade de técnicos é alta entre os clubes intermediários

Por Marcos Leandro Do Jornal do Commercio Mais dois clubes, Vitória e Central, trocaram de treinador na semana passada, contribuindo para aumentar a estatística sobre a rotatividade dos técnicos nos clubes intermediários do Campeonato Pernambucano. No Taboquito, Charles Muniz ficou no lugar de Peu Santos. Já na Patativa, José Carlos Serrão (substituto de Maurício Simões, que foi para o Campinense) é o 32º profissional diferente a comandar um time nos últimos três anos de disputa do certame local. Quatro de forma interina. Doze equipes estão na lista: os nove que participam da Série A1 deste ano (Central, Porto, Ypiranga, Vitória, Cabense, América, Salgueiro, Petrolina e Araripina), além de Vera Cruz e Sete de Setembro (rebaixados em 2010) e Serrano (caiu para a A2 em 2009, ao lado do Petrolina). Em uma proporção aproximada, isso dá quase três técnicos por cada equipe durante este período. Para se ter uma ideia, o Porto é o único que permanece com o mesmo treinador, Laélson Lima, o qual começou o Pernambucano deste ano. As oito demais equipes intermediárias já trocaram o comando. “Como não se pode mais contratar, a única forma de tentar dar uma mexida no elenco era mudando de treinador. Não dá para ficar inerte vendo o clube ameaçado de não ficar na Primeira Divisão”, disse o presidente do Vitória, Paulo Roberto, deixando bem claro que os resultados são determinantes para a permanência de um técnico. Isso fica bem claro no América. Lanterna da competição com sete pontos, o Mequinha já mudou duas vezes. Iniciou o torneio com Luciano Ribeiro, que saiu para a entrada de Nereu Pinheiro, já substituído por Paulo Júnior. Porém, é o atual técnico da Cabense, Adelmo Soares, o campeão de rodagem. De 2009 para cá, ele já trabalhou em cinco equipes diferentes. A saga começou em 2009, no Porto. No mesmo ano, se transferiu para o Serrano. Na temporada seguinte, começou o certame na Cabense e terminou no Central, inclusive classificando o time para a semifinal. Este ano, Adelmo voltou para o Azulão, após deixar o Ypiranga. “Seria interessante passar mais tempo em um único clube, mas nem sempre isso é possível por conta da falta de estrutura e da própria cultura do futebol brasileiro. Ainda mais no Nordeste e em clubes intermediários, quando a maioria dos contratos são de “bigode” (verbal). A classe também é muito desunida. Você acerta um salário de R$ 10 mil, aí vem outro, se sujeita a receber R$ 2 mil e toma o seu lugar”, acusou Adelmo. Outras figurinhas carimbadas que sempre estão preenchendo as cadeiras vagas são Peu Santos, Neco, Roberto de Jesus, Luciano Ribeiro e Pedro Manta. Este último é o único desde grupo que não comandou nenhum time este ano. No trio de ferro da capital, o Sport, que vinha mantendo apenas um treinador por campeonato, este ano já trocou Geninho por Hélio dos Anjos. No Náutico, a situação se inverte. Em 2009 e 2010, o Timbu teve três comandantes em cada ano, já em 2011 mantém Roberto Fernandes. Por sua vez, o Santa Cruz repete com Zé Teodoro o que fez com Márcio Bittencourt em 2009. Já no ano passado, o tricolor começou com Lori Sandri, mas acabou o Estadual com Dado Cavalcante.

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