domingo, 13 de novembro de 2011

Santa Cruz larga em desvantagem na final da Série D

Num jogo duro e muito estudado, o Santa Cruz saiu em desvantagem na decisão da Série D 2011. O tricolor perdeu para o Tupi por 1x0, no Mário Helênio, em Juiz de Fora (MG), e precisará fazer o resultado no Arruda para conquistar seu primeiro título nacional. Para isso, será necessário vencer por dois gols de diferença no próximo domingo (20). Empate ou vitória pernambucana por um gol de diferença com o oponente marcando (2x1, 3x2...) dá o título aos mineiros. Se os corais devolverem o 1x0 a definição vai para as cobranças de pênalti.

Apesar da fama de jogar ofensivamente dentro de casa, o Tupi não conseguiu pressionar o Santa Cruz em seu campo de defesa. O tricolor bloqueou bem o meio, não avançou tanto seus laterais e deixou o jogo preso entre as duas intermediárias. Tanto que as primeiras tentativas dos donos da casa limitaram-se a bolas paradas.

Por outro lado, essa postura também fazia com que o time pernambucano chegasse sem contundência ao campo ofensivo. Isso só veio acontecer aos 16 minutos, numa jogada típica dos corais. Jeovânio roubou a bola e puxou o contra-ataque. Porém, demorou a dar sequência e quando serviu Fernando Gaúcho, o assistente anotou impedimento para protesto do técnico Zé Teodoro.

Aos 24 em novo contra-ataque, foi a vez de Weslley deixar Flávio Caça Rato em grande condição. Sozinho diante do goleiro, o camisa 11 demorou a definir a jogada e foi bloqueado por Wesley Ladeira. O Tupi respondeu na bola aérea apenas três minutos depois. Marquinhos cruzou e Ademilson acertou a rede pelo lado de fora. Após esse lance, o Tupi ensaiou uma pressão bem suportada pelos corais e que não durou muito.

O jogo voltou ao seu ritmo normal, mais preso no meio. O time da casa, sem conseguir furar o bloqueio, começou a dar sinais de ansiedade, o que facilitou os pernambucanos. O que faltou ao Santa foi um pouco mais de qualidade no passe final. E quando o primeiro tempo se encaminhava para o empate e se desenrolava do jeito que o Santa gosta, a equipe mineira saiu do zero.

Aos 42 minutos, Marquinhos fez boa jogada pela direita e serviu Ademilson. A defesa coral parou e o atacante entrou pelo meio. Só esperou a saída de Tiago Cardoso para chutar forte, sem chance de defesa.

Embora Flávio Caça Rato tenha perdido a melhor chance de gol, o técnico Zé Teodoro optou por sacrificar o atacante com menos participação ofensiva. Por isso, Fernando Gaúcho, que realmente pouco produziu no primeiro tempo, saiu para entrada do grandalhão Kiros. A medida também deixava clara a intenção de aproveitar melhor as jogadas de bola parada.

Mas os corais não jogaram pelas laterais, expediente mais indicado quando se quer alçar bolas na área. A dificuldade de criação no meio de campo era flagrante, o que também prejudicava as jogadas pelo chão. Por isso, Renatinho entrou no lugar de Jeovânio.

Mas Renatinho não deu a opção que se esperava. Kiros ficou limitado apenas a desviar de cabeça os lançamentos longos. Fazer isso de costas para o gol apenas facilitou o trabalho da defesa adversária. Teodoro mexeu no ataque novamente. Desta vez Flávio Recife saiu para a entrada de Ludemar. Mas o problema do Santa era criar, já que a marcação não comprometeu.

A grande chance terminou saindo na bola parada, aos 36. Weslley bateu falta e a bola passou raspando a trave esquerda. Uma rara tabela entre os dois atacantes, Kiros e Ludemar, terminou com a finalização deste último para fora. Nos cinco minutos finais, o tricolor chegou a pressionar mas não acertou a pontaria.

Ficha do jogo:

Tupi: Rodrigo; Marquinho, Wesley Ladeira, Silvio e Michel; Assis, Marcel, Vitinho (Augusto) e Luciano Ratinho (Henrique); Allan e Ademilson. Técnico: Ricardo Drubscky.

Santa Cruz: Tiago Cardoso; Leandro Souza, André Oliveira, Jeovânio (Renatinho); Eduardo Arroz, Memo, Chicão, Weslley, Dutra; Flávio Caça Rato (Ludemar) e Fernando Gaúcho (Kiros). Técnico: Zé Teodoro.

Local: Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, Juiz de Fora (MG). Árbitro: Paulo César de Oliveira (Fifa/SP). Assistentes: Fábio Baesteiro e Alex Alexandrino (SP). Gol: Ademilson, aos 42 do primeiro tempo. Cartões amarelos: Jeovânio e Weslley. Renda: R$ 131.170. Público: 14.726.

Fonte: blogdotorcedor

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