domingo, 13 de novembro de 2011

Seguindo os passos das Guerreiras

Do Jornal do Commercio

Hildo Neto
hneto@jc.com.br

Pela primeira vez um time do interior do Nordeste consegue chegar à final da Copa do Brasil de futebol. O fato histórico faz o País olhar para Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata de Pernambuco, que conta com uma população de 130 mil habitantes. Conhecida como a “Terra da Cachaça”, devido a fama internacional da aguardente, a cidade agora é um pólo do futebol feminino. As meninas, que são chamadas de “Guerreiras das Tabocas”, chegaram à decisão da competição nacional sem perder um jogo na temporada e com a melhor média de público: 2.687 pessoas.

Na partida da semifinal contra o Rio Preto-SP compareceram ao Estádio Carneirão 4.456 torcedores. A título de comparação, em termos de média, o Vitória estaria à frente de cinco times que disputam o Brasileiro da Série B masculino: Guarani, Icasa, Americana, São Caetano e Duque de Caxias. O sucesso do time feminino, além de colocar Vitória de Santo Antão nos noticiários nacionais e movimentar a economia local, também está despertando o interesse de meninas em se tornarem atletas.

Aos 15 anos de idade, Juliana Lucena, foi integrada ao elenco do Vitória depois de insistir com os pais que queria ser jogadora. “Estava acompanhando desde o ano passado. Jogo futsal desde os cinco anos e resolvi pedir uma oportunidade”, conta a jovem, que atua como meia-atacante. Ela está treinando com o time desde agosto. “Eu já era fã das meninas e está sendo honra estar ao lado delas. Cada dia eu aprende mais e espero chegar no mesmo nível que elas”, comenta. Pelo menos, três vezes por semana, Juliana sai de Boa Viagem, onde mora, e segue para o Carneirão. A distância é de aproximadamente 50km.

Fonte: blogdotorcedor

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