sábado, 12 de novembro de 2011

Náutico empata e não confirma o acesso

Sem conseguir aproveitar o fato de seu adversário ter um jogador a menos desde os 28 minutos do primeiro tempo, o Náutico empatou com o São Caetano por 0x0, neste sábado (12), no Ancleto Campanella. O resultado ainda não confirmou o acesso à Série A, já que Vitória e Bragantino venceram seus jogos. O timbu precisa de um ponto nos dois confrontos restantes para voltar à elite do futebol nacional. No próximo sábado enfrenta o Boa, em Varginha. No dia 26 o adversário será a Ponte Preta, nos Aflitos.

À beira da zona de rebaixamento era mais do que óbvio que o São Caetano tentaria de todas as formas impor seu ritmo de jogo desde os primeiros minutos. E o time da casa fez utilizando um bom expediente: troca de passes em velocidade. O erro foi escolher apenas um setor do campo para fazê-lo: a frente da zaga.

É justamente a muralha erguida por Éverton, Elicarlos e Derley o ponto mais forte do time. Os laterais do Azulão, Artur e Bruno Recife, até participavam do jogo, mas afunilavam demais, congestionando ainda mais o caminho escolhido para o gol. O Náutico tentou algumas saídas pelos lados mas só levou perigo num chuta de longe de Elicarlos, para fora.

Aos poucos o Náutico recuou demais e cedeu campo para o adversário. Embora não tenha conseguido finalizações contundentes, o São Caetano rondava perigosamente a área de Gideão. As coisas só começaram a mudar quando os mandantes começaram a dar demonstrações de descontrole emocional.

Aos 27 minutos, Artur fez falta em Elicarlos e tomou amarelo. Reclamou da decisão do juiz e foi expulso sem apelação. Em meio à confusção, o zagueiro Preto Costa também foi advertido. A mudança de postura do Náutico foi imediata. Aos 32, Eduardo Ramos bateu falta na área e Diego Bispo desviou de cabeça para a bola bater no travessão. No rebote, Marlon chutou torto, para fora.

A desvantagem de um jogador a menos para o adversário fez o meio de campo do Náutico adiantar-se mais e evitar a pressão dos azuis. Faltou apenas maior participação de seus atacantes. Rogério não se movimentou como de costume e Kieza foi peça praticamente nula na primeira etapa.

No finalzinho, o São Caetano não fez o gol por absoluta falta de pontaria de seus dois zagueiros. Geovane cruzou na área e Domingos, cara a cara com Gideão, cabeceou para o goleiro fazer milagre. A bola ainda bateu na trave, sobrou para Preto Costa carimbar o travessão.

O Náutico voltou para o segundo tempo mais recuado do que deveria e tomou um susto logo no início. Geovane bateu falta na área e Diego Bispo, sozinho, cabeceou contra o próprio gol. Gideão estava atento e salvou os alvirrubros. O recuo estava de tal forma que o artilheiro Kieza sofreu falta no campo de defesa por estar armando contra-ataque, papel que caberia a Elicarlos ou Derley.

Somente após os dez minutos o time pernambucano reencontrou o posicionamento correto e o jogo ficou equilibrado novamente. Em dois chutes o Náutico assustou. O primeiro foi de Kieza, aos 13. Depois foi Elicarlos, de longe, aos 21. Nas duas oportunidades o goleiro Luiz defendeu.

O técnico Márcio Araújo tentou mudar a dinâmica de seu setor ofensivo trocando a dupla de ataque. Mas a defesa do Náutico estava bem postada e com um a menos ficava ainda mais complicado. Para piorar, o comandate azulino tirou seu jogador de meio de campo mais lúcido, Aílton, para colocar um centroavante fixo na área.

O que compensou foi a mudança efetuada por Waldemar Lemos. Seu único meia, Eduardo Ramos, saiu cansado para entrada de Élton. Embora sempre tenha atuado no lugar do camisa 10, a disparidade técnica entre os dois é flagrante. O São Caetano não conseguia levantar as bolas para Ricardo Xavier, já que tinha dificuldade em chegar perto da área; o Náutico tocava mais para os lados, resultado da pouca inspiração de seu meio de campo. O jogo seguiu assim até o seu final, aos 48 minutos.

Ficha do jogo:

São Caetano: Luiz; Artur, Preto Costa, Domingos e Bruno Recife; Augusto Recife, Reivison, Ricardo Conceição e Ailton (Ricardo Xavier); Antônio Flávio (Wendell) e Geovane (Kléber). Técnico: Márcio Araújo.

Náutico: Gideão; Peter, Marlon, Diego Bispo e Aírton; Éverton, Elicarlos (Lenon), Derley e Eduardo Ramos (Élton); Rogério e Kieza. Técnico: Waldemar Lemos.

Local: Anacleto Campanella (São Caetano do Sul-SP). Árbitro: Evandro Rogério Roman. Assistentes: Ivan Carlos Bohn e José Carlos Dias Passos. Cartões amarelos: Domingos, Preto Costa, Elicarlos e Éverton. Expulsão: Artur. Público: 1.065 e Renda: R$ 7.525.

Fonte: blogdotorcedor

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