quinta-feira, 17 de maio de 2012

Náutico não desiste de Kieza

Do Jornal do Commercio




A falta que Kieza faz é assunto recorrente nos Aflitos. E sua contratação, pensando na Série A do Campeonato Brasileiro, idem. Não é para menos. O atacante chegou para o Campeonato Pernambucano, no ano passado, fez dois gols no segundo jogo das semifinais contra o Sport – o Náutico, mesmo assim, foi desclassificado – e deslanchou na disputa da Série B. De jogador pouco utilizado pelo técnico Roberto Fernandes, transformou-se numa arma letal do treinador Waldemar Lemos, somando à sua carreira 21 tentos e a artilharia isolada da Segundona de 2011.



A imagem de Kieza é tão forte e tem tanto significado entre os alvirrubros, que o presidente Paulo Wanderley confirmou, ontem, o interesse em contratá-lo. As coisas não mudaram tanto do início do ano passado para cá. Os salários e as luvas estão acertados. Mas falta o dinheiro para pagar os seus direitos federativos, que pertencem ao Cruzeiro. Nos bastidores, fala-se em R$ 1,8 milhão. Segundo Paulo Wanderley, é algo muito maior do que se possa imaginar.



“Kieza está na nossa lista há muito tempo. Mas o valor de seus direitos econômicos é alto. Mas não está descartado”, afirmou o mandatário timbu. Desde que acabou a Série B do ano passado, e Kieza deixou o Recife, de férias, que o caso entre ele e o Náutico vive idas e vindas. A negociação arrastou-se por dezembro e janeiro. E, mesmo assim, não se chegou a um resultado favorável. Os entendimentos geraram até algumas mágoas. Kieza, algumas vezes, queixou-se de uma suposta falta de empenho do Náutico para contratá-lo.



No Timbu, Kieza viveu um recomeço. Foi emprestado pelo Cruzeiro por estar com pouco crédito na Raposa. Tão logo chegou à titularidade do time na Série B, assumiu a condição não só de artilheiro, mas de líder do grupo. Era uma espécie de defensor dos atletas em qualquer tipo de “ataque” contra o grupo. Teve contribuição, por isso, na preservação da identidade do elenco até o fim do certame, que culminou com o vice-campeonato e a vaga na Série A.



Mesmo o tempo sendo outro, seria uma ótima opção para o ataque, já que Rodrigo Tiuí e Siloé não encaixaram no Estadual e são incógnitas para o Brasileirão.



OTIMISMO

Paulo Wanderley apareceu ontem no Centro de Treinamento da Guabiraba para assistir ao treino secreto comandado pelo técnico Alexandre Gallo. Ele concedeu a entrevista logo depois de o clube apresentar o zagueiro Jean Rolt, 31 anos, oriundo do Al-Sailiya, do Catar. O dirigente mostrou otimismo não visto ainda entre os diretores do Náutico em relação ao Brasileirão.



“Pelo time que estamos montando, entramos na competição para brigar pela Sul-Americana. Ou até por uma vaga na Libertadores. Uma coisa eu sei: desde que conseguimos a vaga para a Série A, no Náutico não se fala mais em rebaixamento.”



A procura por reforços não para. Até a próxima semana, os alvirrubros vão anunciar mais quatro atletas. Um meia e um atacante são certeza. As outras posições não foram informadas. Alguns nomes não foram divulgados para evitar concorrência. “A intenção é que o Náutico comece com um time bom no Brasileiro e seja melhorado com o passar do tempo. Estamos indo no caminho certo. E repito: o Náutico não vai apenas participar da Série A”, concluiu.



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