quarta-feira, 4 de julho de 2012

A difícil busca do equilíbrio


As duas derrotas seguidas do Náutico trouxeram à tona a preocupação com o padrão de jogo da equipe. Por vezes envolvente no ataque, o time alvirrubro não vem concluindo bem a gol e, pior, tem sido frágil no sistema defensivo. Encontrar o equlíbrio entre os dois setores é o grande desafio para alcançar uma boa sequência de resultados na Série A.

O atacante Araújo, que está de volta à equipe para o jogo contra o Atlético-GO, se preocupa com o número de gols sofridos, mas reconhece que o ataque precisa aproveitar melhor as chances, até para não gerar contra-ataques.

"Preocupa ficar tomando uma média de dois (gols) por partida, não é bom. Mas defesa é o coletivo. Se você errar lá na frente, você pega toda a defesa saindo organizada. Acho que o erro é coletivo. Quando você toma um contra-ataque, pega a defesa toda desorganizada, então fica difícil, o zagueiro fica toda hora tentando salvar ali. Precisamos tentar não levar gol, começar a pensar nesse objetivo, vai ser importante no decorrer do campeonato", diz Araújo.

O jogador acrescentou que sair na frente é fundamental. "Temos que buscar fazer o primeiro gol. Na maioria das partidas, a gente saiu atrás. Fazer o primeiro gol dá uma tranquilidade a mais. Temos que procurar sempre se posicionar bem e buscar o equilíbrio. No momento certo, a gente vai conseguir fazer mais gols", disse. 

O técnico Alexandre Gallo vê a produção ofensiva como boa, mas admite que o sistema defensivo precisa subir muito de rendimento. O time tem pecado bastante, principalmente nos jogos fora de casa — onze gols sofridos em três partidas. 

"Esse equilíbrio que a gente está buscando, ter essa condição de estar bastante atento à marcação. Não jogo só [os gols sofridos] para a defesa, é todo o conjunto", diz o técnico alvirrubro.
Na opinião de Gallo, o jogo contra o Figueirense é o padrão a ser seguido. "A gente tenta jogar fora de casa como nós fizemos contra o Figueirense. Tivemos uma condição de marcar muito forte no primeiro tempo e no segundo tempo adiantamos um pouco mais a equipe. E deu certo. O Araújo teve duas grandes chances de gol. Acabou não acontecendo."

Na opinião do volante Souza, a principal questão é o entrosamento. O jogador acredita que, com o tempo, a equipe conseguirá ter mais consistência. "O grupo está em formação. Somente com o tempo algumas coisas melhoram. O Coritiba está dando exemplo, é um time que joga junto há um bom tempo. Mas o nosso grupo é forte e está mostrando isso nos jogos, até quando não vem vencendo", disse Souza. 

Um time de poucos passes

O Náutico é a equipe que menos troca passes no Brasileirão, com 1561, praticamente 1000 a menos do que o Internacional, líder no quesito. Sobre essa estatística, Gallo explicou que é uma consequência do estilo de jogo da equipe, voltado para o contra-ataque. Ele defendeu, porém, que, dentro de casa, o Timbu vem tendo mais posse de bola que os adversários.

"Nós temos um estilo de jogo diferente dos outros times. Nosso time joga no contra-ataque com velocidade. Por isso você tem uma troca de passes menor. É o estilo do nosso time, por jogar praticamente com três atacantes, né? Lúcio pelo lado esquerdo, Rhayner pelo lado direito. Estou até entregando meu time...", disse o treinador na coletiva de imprensa desta tarde.

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