sábado, 8 de setembro de 2012

SEGUNDA DIVISÃO PAULISTA!! Técnico Roberto de Jesus lidera Fernandópolis por acesso


Fabio Preccaro
Especial para o site da FPF



Desde 1997, quando foi rebaixado do Campeonato Paulista da Série A3, o Fernandópolis disputa a Segunda Divisão, nome do quarto escalação do futebol estadual. Nestes 15 anos, o time azul chegou a ficar por oito temporadas sem passar da primeira fase do torneio. Porém, o retorno do técnico Roberto de Jesus fez com que as coisas mudassem na equipe.


Atualmente disputando a Segunda Divisão, o Fernandópolis está no quadrangular semifinal. Esta fase é formada por oito clubes divididos em duas chaves. Desses, duas equipes de cada grupo garantem o acesso à Série A3. Ao lado de Votuporanguense, Olímpia e Novorizontino, integrantes do Grupo 18, os comandados de Roberto de Jesus almejam também o título estadual da divisão.

O técnico da equipe não é nenhum inexperiente no futebol. Nascido no dia 05 de maio de 1969, em Salvador, Roberto foi zagueiro profissional, com passagens por grandes clubes, como Santa Cruz, Figueirense e Coritiba, e hoje é um treinador que sabe como liderar uma equipe. “Fui capitão em todos os times em que passei então tenho uma liderança natural. Isso foi importante demais porque se fui capitão com 18 e até encerrar a carreira, é natural que tenha um domínio sobre o grupo, saiba lidar com problemas”, contou.

E não foi apenas como capitão que Roberto adquiriu experiência necessária para a carreira de técnico. “Eu tive vários treinadores e alguns estão na Série A do Brasileirão. Eu trabalhei com o Cuca, o Caio Júnior e o Paulo Bonamigo. Eles me incentivaram a começar na carreira porque diziam que eu tinha uma liderança única no grupo. Neste momento comecei a me preparar fazendo anotações e prestando muita atenção nas orientações”, disse.

Durante a carreira de jogador, o técnico teve sua primeira experiência no Fernandópolis. No ano de 1993, o defensor foi contratado pela diretoria da época. Enquanto defendia as cores do clube, Roberto conheceu sua esposa, começando seu vínculo especial com a cidade. 

“Além da minha mulher, tenho respeito e confiança da cidade. E quando a direção foi montar o time não pensaram em outro nome e logo me chamaram. Abri mão de outras propostas, até para ganhar mais. A diretoria cumpriu com todas as promessas e por isso estamos nessa fase com autoridade”, explicou o comandante, que neste ano terminará o curso de Educação Física pela Fundação Educacional de Fernandópolis.

Quando encerrou a carreira no Santa Cruz, em 2006, com 37 anos, o técnico precisou de dois anos até iniciar seu primeiro trabalho a frente de uma equipe. O time escolhido foi justamente o seu atual time: o Fernandópolis. “Em 2008, quando comecei, o clube não passava da primeira fase do torneio há dez anos. Sem recursos e apoio de ninguém, nós montamos um time com jogadores amadores e profissionais. O presidente na época ralava para manter tudo sozinho. Com três rodadas de antecedência nós passamos à segunda fase.

 Mas aí fomos eliminados. No ano seguinte, fui para o Central (PE), onde fui escolhido como segundo melhor técnico, atrás apenas do Nelsinho Baptista, e o treinador revelação. Ainda trabalhei no Vitória de Santo Antão, Ypiranga e no Changrande, até voltar ao Fernandópolis”, explicou Roberto.

Sobre a experiência de já ter trabalhado na Segunda Divisão, Roberto garante que isso faz a diferença. “Você vai jogando e aprendendo o caminho. Como em 2008 não tinha recurso, foi mais difícil. Neste ano, a prefeitura tem nos apoiado, além de empresários da cidade.

 A direção nos dá condição para trabalhar, paga em dia. Além dos atletas, a direção também tem o seu mérito pelo atual momento da equipe”, completou o treinador.

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